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Para quem ainda não o conhece, o InVerso Temático é um programa que debate questões que envolvem a literatura, tendo sempre participações especiais que unem a editora, autores e leitores!

30/09, QUARTA-FEIRA, ÀS 20h 

FACEBOOK E YOUTUBE 

Confira quem serão os participantes! 

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     Cristina Jones

Adri Baldini

Rosa Mariotto

Editora InVerso

Publisher 

Editora InVerso

Jornalista mediadora

Autora

"Como a gente vira gente" e "Desmanual para pais e avós" 

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Giovana Kreuz

Autora

"Tem rato no hospital"

Camila Cardoso

Leitora 

@bookria

Cintia Oliveira

Leitora

@bookspower

Tema:

SAÚDE MENTAL E LITERATURA 

Nesta edição do InVerso Temático abordaremos sobre saúde mental e literatura, em homenagem ao mês de prevenção ao suicídio, Setembro Amarelo. A expressão que dá nome a um amplo movimento, teve origem nos EUA em 1994, quando um jovem chamado Mike Emme, de 17 anos, cometeu suicídio. O ato, a maior evidência mundana de que as pessoas já não estavam bem  chamou atenção para o que já não era incomum. 

 

No Brasil, somente em 2015 o tema começou a ganhar maior visibilidade, ocupando um espaço também em nosso calendário. Dessa forma, sendo a demonstração extrema de um esvaziamento de vontade e futuro,  o suicídio deixa à mostra a urgência constante do foco à saúde mental. Nesse cenário, o cuidado e a prevenção tornam-se palavras de ordem. As palavras, por sua vez, têm um papel fundamental nesse processo, o de realização, pois possuem em si a capacidade de materializar através da nomeação. Isto é, para que algo seja prevenido, é necessário antes de tudo, que se saiba ouvir e entender sua causa.

 

Assim, a razão mais associada ao suicídio é a depressão. Uma doença caracterizada principalmente pela angústia e pelo desinteresse/apatia pela vida, não é sinônimo de tristeza, embora possa ser percebida pela intensidade periódica de se sentir triste.  É também considerada por muitos o mal do século, visto que além de fatores genéticos, a geração atual é marcada pelo excesso caótico de exposição a informações, na mesma medida em que é estimulada a produção e ao consumo desenfreado, sem poder parar. Tudo é rápido e muito se perdeu.

 

Não obstante, de repente, todos se viram diante de um novo impacto, o isolamento social. Fruto de um vírus que assolou o mundo, as emoções tornaram-se mais intensas e os afetos mais profundos. Nesse momento, a importância de um livro em meio a um fenômeno global, que foge do nosso controle em termos de espaço e de tempo, pode parecer pequena, mas é imensa. Assim como as palavras podem nomear, os livros também podem traduzir. Identificar-se nas letras é também reconhecer suas próprias subjetividades e torná-las visíveis.

 

Por conta disso, Antonio Candido defendia que a literatura deve ser um direito. Mais que isso, a colocou como um papel imprescindível na formação do indivíduo, pois cumpre três funções: psicológica, formadora e social. A primeira, diz respeito à necessidade do homem de fantasia e imaginação, expressa na capacidade de um livro em nos transportar para outros mundos (reais ou não) por meio da ficção. A segunda, revela na literatura a possibilidade de atuação como um instrumento que apresenta a realidade do homem em sua contradição, proporcionando ao leitor um questionamento que se forma de dentro para fora.  A última, social,  se refere à identificação do leitor e de seu universo vivencial na obra literária, trazendo para quem lê, o reconhecimento de si e do mundo que o cerca, como consequência, proporciona - por meio da reflexão - autonomia para a transformação de sua realidade.

 

Juntas, as três funções formam o potencial humanizador da literatura. Em outras palavras, quando pensamos que a literatura infantil e infantojuvenil são formas potentes de fazer com que as crianças e jovens reconheçam suas emoções e passem a compreender e a lidar melhor com elas, assumimos que a Literatura possui em sua plenitude a virtude de humanizar, familiarizar o homem ao mundo e a si próprio, independente do momento.  Perceber em um livro a partilha de uma alegria ou de uma dor é não se sentir só.

 

Por fim, para enriquecer esse papo interessantíssimo, Rosa Maria Mariotto e Giovana Kreuz, psicólogas e autoras da InVerso, irão discutir sobre a temática a partir de suas obras, “Como a gente vira gente: as maravilhosas aventuras de Tito e Vópsi na terra da humanidade” e “Tem rato no hospital”,  respectivamente. Também teremos a participação das leitoras Camila Cardoso, do IG @bookeria e, ainda, Cintia Oliveira, do IG @bookspower. 

 

Lembre-se: falar é sempre a melhor opção. Busque ajuda!

 

 

 

Texto de Ana Flávia Lorena, graduanda em Licenciatura em Letras/UTFPR 

 

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