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A literatura socioemocional como acesso para um mundo mais inclusivo

Livros focados em diversidade contribuem para gerar empatia e entendimento sobre deficiências e condições físicas





Desde 2005, vigora a lei que instituiu 21 de setembro como o Dia Nacional de Luta da Pessoa Portadora de Deficiência com o objetivo de conscientizar sobre a importância do desenvolvimento de meios de inclusão das pessoas com deficiência na sociedade. A lei, também conhecida como Estatuto da Pessoa com Deficiência, incorporou os princípios da Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, coordenada pela Organização das Nações Unidas (ONU).


E a transformação só é possível quando abrange e expande as expressões culturais, sendo a literatura uma das maiores forças que viabiliza as mudanças. Na literatura, essa força emerge com a chamada literatura socioemocional, cujo objetivo é tratar de temas sensíveis que estimulem a empatia, a solidariedade, a cooperação e a autonomia.


Pensando na importância social da literatura, a Editora InVerso, sediada em Curitiba (PR), tem investido nos livros socioemocionais que visam promover o debate e a reflexão sobre a importância da diversidade e da inclusão. Além de histórias infantis sobre sentimentos e resolução de problemas, livros que abordam nanismo, autismo, deficiência auditiva, deficiência física, entre outras condições, hoje englobam um nicho em constante crescimento dada a sua representatividade e a necessidade de envolver a comunidade.


Como mãe de um menino surdo, Cristina Jones, publisher da editora, sentiu na pele essa dificuldade de entendimento da comunidade. “Embora eu estivesse preparada para lidar com as dificuldades do meu filho, a falta de entendimento sobre a sua própria condição na adaptação escolar e na primeira infância foram problemáticas. Mais do que isso, percebi como as pessoas do nosso convívio não estavam preparadas para lidar com essa questão. Foi então que eu vi na literatura um ótimo apoio e reforço para a gente passar essa equidade de uma forma leve, lúdica e divertida, sem ser, necessariamente, algo acadêmico”, explica.


Para driblar a falta de livros infantis que pudessem ajudar o seu filho a se entender e se descobrir, Cristina passou a criar e contar suas próprias histórias. “Criei dois personagens e os inseri em situações cotidianas para fazer essa interação com o meu filho”, relembra. O propósito de contribuir socialmente cresceu e hoje a Editora InVerso é referência em livros socioemocionais, com um extenso catálogo de obras com essa temática.


Celina Bezerra, autora infantil cujas narrativas envolvem deficiências e condições físicas, como “O pequeno grande Tião: o menino com nanismo” (Editora InVerso, 2021), fala do desafio de escrever uma história para um público tão exigente – as crianças. “Acessar o mundo infantil e passar informações de um mundo real que o cerca não é tarefa fácil. Em grande parte dos livros infantis, o mundo é fantasioso, e os personagens são fadas, super-heróis, animais e objetos falantes (no caso das fábulas). E quando a tarefa é trazer personagens com deficiência para a Literatura Infantil, a tarefa é mais difícil ainda.”, explica.


No entanto, embora desafiador, é um processo necessário para conscientizar crianças e adultos em volta, que devem aprender a responder questionamentos dos seus pequenos. “É claro que a fantasia, o fantástico e o lúdico são essenciais para desenvolver a criatividade das crianças, porém, é importante trazer para esta literatura pitadas de realidade. Sem dúvida, as crianças, curiosas que são, vão perguntar aquilo que não entenderem. E esta será uma oportunidade ímpar para que se explique a diversidade do mundo a estas crianças”, finaliza Celina.


Engajada na campanha pela pessoa com deficiência, do dia 19 ao dia 03 de outubro, a Editora InVerso terá livros selecionados da temática com frete grátis para todo o Brasil.


Acesse o site www.editorainverso.com.br, confira os livros selecionados e utilize o cupom #inclusão para garantir o frete grátis.

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