Em clima da Campanha dos Dias do Namorados, o Cápsulas Literárias de hoje será sobre Romance!
Há estudos literários que indicam o gênero Romance como a epopeia da modernidade, entendendo epopeia como poemas extensos que narram as ações de um herói. Os clássicos Ilíada e Odisseia são obras que exemplificam bem essa noção!
No entanto, no decorrer da história outros tipos de texto foram surgindo e, herdeiros da poesia épica, começaram a aparecer narrativas em prosa.
Mas o que diferencia a narrativa de um Conto de um Romance, por exemplo? Lembra das características do Conto apresentadas há uns Cápsulas atrás? Diferente delas, o Romance possui uma narrativa mais extensa e complexa, na qual há um desenvolvimento maior tanto do enredo quanto dos personagens - já que muitos deles apresentam profundidade psicológica no decorrer da obra.
Por exemplo, você consegue imaginar como seria Harry Potter caso precisasse ser transformado em um Conto? As características que fazem com que seja difícil imaginar essa transformação é o que torna ele em um Romance!
Talvez agora você esteja pensando: "mas Harry Potter não é um livro de aventura?", sim, é!
Estamos acostumados a CONFUNDIR o gênero literário Romance com o gênero textual, que é aquele dos livros que possuem o amor como tema principal, como “Romeu e Julieta”, de Shakespeare! Essa associação é muito comum por conta dos termos serem os mesmos, mas é importante saber que o Romance enquanto gênero literário ficou conhecido por esse nome porque foi no período do Romantismo (séc. XVIII) que suas obras começaram a surgir em maior escala.
Aqui no Brasil, foi no século XX que houve um grande marco para o Romance nacional, gerando obras como "O encontro marcado" (1967) de Fernando Sabino, "Gabriela, Cravo e Canela" (1958) de Jorge Amado e "Grande Sertão: Veredas" (1956) de Guimarães Rosa. Na InVerso, temos como parte do gênero literário Romance o livro "Querendo ser Elvis" e como gênero textual, "Kyoto".
E você, qual tipo de romance gosta mais? Conta pra gente!
